Dans le jardin de intranquilles - un hommage à Ilan Halimi
Le point de départ de ce projet est un événement ayant eu lieu en février 2019 non loin de Paris : les deux jeunes arbres plantés à la mémoire d’Ilan Halimi ont été sciés à leur base.
Jeune homme de confession juive de 23 ans, Ilan Halimi a été séquestré et torturé en janvier 2006 pendant trois semaines par un groupe de vingt personnes se faisant appeler par le « gang des barbares ». Un acte cruel d’antisémitisme.
Laissé mourant le long des voies ferrées du RER C à Sainte-Geneviève-des-Bois, il décède peu de temps après son transfert à l’hôpital.
Sur le lieu où Ilan a été abandonné, la Mairie a planté deux arbres et a apposé une plaque en sa mémoire. A la veille des commémorations du treizième anniversaire de son décès, le lieu a été profané et les deux arbres sciés.
Je décide alors de me rendre sur place pour prélever des empreintes des restes végétaux, faisant une sorte d’état de lieux au ras du sol. Comme si c’étaient là les dernières visions de ce jeune homme au seuil de la mort.
Je capte dans la nature une écriture spontanée comme qui prend la température du monde. Des impressions archaïques de peu de choses, de presque rien, images sans perspective, ayant la terre pour seul horizon. Par l’utilisation de la technique du Photogramme je parviens à rendre visible des ombres.
Le portfolio se compose de six triptyques donnant lieu à 18 photographies, le chiffre 18 dans la symbolique juive représentant la vie.
Je rends ainsi un hommage à la mémoire d’Ilan Halimi comme un symbole contre toute forme de barbarie.
No jardim dos Intranquilos - uma homenagem a Ilan Halimi
Este projeto originou-se de um fato ocorrido em fevereiro de 2019 perto de Paris : o violento corte de duas árvores plantadas em memória a Ilan Halimi.
Em janeiro de 2006 Ilan Halimi, um jovem de 23 anos, foi sequestrado e brutalmente torturado durante três semanas por um grupo de 20 pessoas que se autodesignava ”gang dos bárbaros”. Por ser judeu, acreditavam que sua família teria condições de pagar um alto valor de resgate, o que não era o caso.
Deixado agonizando sobre os trilhos de um trem de subúrbio (Sainte-Geneviève-des-Bois) ele morre pouco após dar entrada no hospital. No local onde ele foi encontrado, a prefeitura decidiu plantar duas árvores e, para que esse crime não fosse esquecido, colocou uma placa comemorativa em sua memória.
Na véspera das comemorações do décimo-terceiro aniversário de seu falecimento, o local foi profanado e as duas árvores abatidas.
Comovida, decido ir ao local para colher rastros, restos vegetais fazendo uma espécie de inventario do solo ao redor. Como se fossem estas as últimas visões do jovem à beira da morte.
Eu capto da natureza uma linguagem espontânea como quem mede a temperatura do mundo. Impressões arcaicas de poucos resquícios, de quase nada, imagens sem perspectiva, tendo a terra por único horizonte. Pela utilização da técnica do fotograma, eu torno visível o que eram apenas sombras passageiras.
O portfólio é composto de seis trípticos originando 18 fotografias panorâmicas, o número 18 na simbologia judaica representa a vida. Idealmente elas teriam uma dimensão de 1m20 por 0,40m.
Desta maneira presto uma homenagem à memória de Ilan Halimi como um símbolo contra todos os tipos de racismo e de crueldade.
In the Garden of the Unquiet - A Tribute to Ilan Halimi
This project emerged from a tragic event that occurred in February 2019 near Paris: the violent destruction of two trees planted in memory of Ilan Halimi.
Ilan Halimi was a 23-year-old man who, in January 2006, was kidnapped and brutally tortured for three weeks by a group of 20 individuals calling themselves the "gang of barbarians." They targeted him because he was Jewish, believing that his family could pay a high ransom, which they could not.
After weeks of torment, Ilan was abandoned on the tracks of a suburban train in Sainte-Geneviève-des-Bois, on the outskirts of Paris. Though he was found alive and taken to the hospital, he succumbed to his horrific injuries and died shortly after.
To honour his memory and ensure this horrific crime would never be forgotten, the city council planted two trees and placed a commemorative plaque at the site where he was found. However, on the eve of the thirteenth anniversary of his death, the site was desecrated, and the two trees were cut down.
Deeply affected by yet another act of cruelty, I visited the site to collect traces and plant remains, as if creating an inventory of the surrounding soil—envisioning these as the final impressions of a young man, agonizing on the verge of death.
In this project, I captured a spontaneous language from nature, as if measuring the pulse of the world. The images are archaic impressions, drawn from sparse remains—almost nothing. These are images without perspective, where the earth itself becomes the only horizon.
Using the photogram technique, I bring to light what were once mere fleeting shadows.
The portfolio consists of six triptychs, with 18 panoramic photographs—a number that symbolizes life in Jewish tradition.
Each photograph measures 1.20 meters by 0.40 meters.
In this way, I pay homage to Ilan Halimi's memory, as a gesture against all forms of racism and cruelty.
Dans le jardin de intranquilles - un hommage à Ilan Halimi
Le point de départ de ce projet est un événement ayant eu lieu en février 2019 non loin de Paris : les deux jeunes arbres plantés à la mémoire d’Ilan Halimi ont été sciés à leur base.
Jeune homme de confession juive de 23 ans, Ilan Halimi a été séquestré et torturé en janvier 2006 pendant trois semaines par un groupe de vingt personnes se faisant appeler par le « gang des barbares ». Un acte cruel d’antisémitisme.
Laissé mourant le long des voies ferrées du RER C à Sainte-Geneviève-des-Bois, il décède peu de temps après son transfert à l’hôpital.
Sur le lieu où Ilan a été abandonné, la Mairie a planté deux arbres et a apposé une plaque en sa mémoire. A la veille des commémorations du treizième anniversaire de son décès, le lieu a été profané et les deux arbres sciés.
Je décide alors de me rendre sur place pour prélever des empreintes des restes végétaux, faisant une sorte d’état de lieux au ras du sol. Comme si c’étaient là les dernières visions de ce jeune homme au seuil de la mort.
Je capte dans la nature une écriture spontanée comme qui prend la température du monde. Des impressions archaïques de peu de choses, de presque rien, images sans perspective, ayant la terre pour seul horizon. Par l’utilisation de la technique du Photogramme je parviens à rendre visible des ombres.
Le portfolio se compose de six triptyques donnant lieu à 18 photographies, le chiffre 18 dans la symbolique juive représentant la vie.
Je rends ainsi un hommage à la mémoire d’Ilan Halimi comme un symbole contre toute forme de barbarie.
No jardim dos Intranquilos - uma homenagem a Ilan Halimi
Este projeto originou-se de um fato ocorrido em fevereiro de 2019 perto de Paris : o violento corte de duas árvores plantadas em memória a Ilan Halimi.
Em janeiro de 2006 Ilan Halimi, um jovem de 23 anos, foi sequestrado e brutalmente torturado durante três semanas por um grupo de 20 pessoas que se autodesignava ”gang dos bárbaros”. Por ser judeu, acreditavam que sua família teria condições de pagar um alto valor de resgate, o que não era o caso.
Deixado agonizando sobre os trilhos de um trem de subúrbio (Sainte-Geneviève-des-Bois) ele morre pouco após dar entrada no hospital. No local onde ele foi encontrado, a prefeitura decidiu plantar duas árvores e, para que esse crime não fosse esquecido, colocou uma placa comemorativa em sua memória.
Na véspera das comemorações do décimo-terceiro aniversário de seu falecimento, o local foi profanado e as duas árvores abatidas.
Comovida, decido ir ao local para colher rastros, restos vegetais fazendo uma espécie de inventario do solo ao redor. Como se fossem estas as últimas visões do jovem à beira da morte.
Eu capto da natureza uma linguagem espontânea como quem mede a temperatura do mundo. Impressões arcaicas de poucos resquícios, de quase nada, imagens sem perspectiva, tendo a terra por único horizonte. Pela utilização da técnica do fotograma, eu torno visível o que eram apenas sombras passageiras.
O portfólio é composto de seis trípticos originando 18 fotografias panorâmicas, o número 18 na simbologia judaica representa a vida. Idealmente elas teriam uma dimensão de 1m20 por 0,40m.
Desta maneira presto uma homenagem à memória de Ilan Halimi como um símbolo contra todos os tipos de racismo e de crueldade.
In the Garden of the Unquiet - A Tribute to Ilan Halimi
This project emerged from a tragic event that occurred in February 2019 near Paris: the violent destruction of two trees planted in memory of Ilan Halimi.
Ilan Halimi was a 23-year-old man who, in January 2006, was kidnapped and brutally tortured for three weeks by a group of 20 individuals calling themselves the "gang of barbarians." They targeted him because he was Jewish, believing that his family could pay a high ransom, which they could not.
After weeks of torment, Ilan was abandoned on the tracks of a suburban train in Sainte-Geneviève-des-Bois, on the outskirts of Paris. Though he was found alive and taken to the hospital, he succumbed to his horrific injuries and died shortly after.
To honour his memory and ensure this horrific crime would never be forgotten, the city council planted two trees and placed a commemorative plaque at the site where he was found. However, on the eve of the thirteenth anniversary of his death, the site was desecrated, and the two trees were cut down.
Deeply affected by yet another act of cruelty, I visited the site to collect traces and plant remains, as if creating an inventory of the surrounding soil—envisioning these as the final impressions of a young man, agonizing on the verge of death.
In this project, I captured a spontaneous language from nature, as if measuring the pulse of the world. The images are archaic impressions, drawn from sparse remains—almost nothing. These are images without perspective, where the earth itself becomes the only horizon.
Using the photogram technique, I bring to light what were once mere fleeting shadows.
The portfolio consists of six triptychs, with 18 panoramic photographs—a number that symbolizes life in Jewish tradition.
Each photograph measures 1.20 meters by 0.40 meters.
In this way, I pay homage to Ilan Halimi's memory, as a gesture against all forms of racism and cruelty.